segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Efeito Esponja- Como lidar nos mundos diários.

Antes de qualquer exercício que eu possa indicar para um Ser Espoja sugiro que leia o primeiro texto sobre o assunto, Sou Esponja....e daí???? Assim podemos conversar.
Até  compreender o que acontecia comigo e  qual a origem de tanto sofrimento vivia um mundo de verdadeira tortura. Devido ao meu alto grau de sensibilidade, ao entrar em algum ambiente ou lugar, já se tornara normal sentir sensações de mal estar, ampliação da cabeça, ficando muito aérea, suor nas mãos e nos pés, alterações intestinais, palpitações e outras.Também alterava completamente meus pensamentos, como se não conseguisse mais sossego, as emoções  então....,era desesperador!!!
Cansada de tanta procura de remédio, sem encontrar resultado, iniciei diversos caminhos de cura.
Tudo começou quando, encontrei umas pessoas já na trilha da espiritualidade, com as quais comecei a conviver e me sentir bem com elas, percebi uma fagulha de esperança. Como já me encontrava com diferentes formas de somatização, iniciei diversas terapias e grupos de auto ajuda, além é claro dos tratamentos médicos, ligados as inúmeras áreas da medicina.
Às vezes me considerava um caso perdido, concluindo que minha única saída era a morte, mas como podia morrer sem a minha ação? e esta, eu não alcançava a coragem para realizar. Engraçado, hoje, olhar para este relato, toda a vitimes experienciada. Aliás, este é um bom exemplo de padrão de comportamento e, sabiam que ás vezes, ele aparece de forma tão sutil e mascarada, que só vou percebê- lo após algum processo, e só consigo perceber quando paro de negar tal possibilidade. Um padrão , quando percebemos, inicialmente, se mostra como um elefante, assustador, mas facilmente reconhecível, à medida que vamos trabalhando vai se tornando quase imperceptível, porém com o mesmo grau de ação. Sem justificativas fica mais fácil seu reconhecimento.
À medida que nos tornamos mais conscientes de nós mesmos, mais fica fácil de lidar com nossa sensibilidade, só passa pelo corpo o que é atraído e na maioria das vezes nem sentimos a passagem.
Outro dia tive uma clareza, que nosso corpo é como uma usina de reciclagem de lixo, de alta tecnologia, última geração, pois esta sempre se atualizando é auto operável, mas por vezes atrapalhamos o processo realizando-o manualmente, enchendo a lixeira e descarregando manualmente. Ainda reclamamos de cansaço. Se lembrarmos que entre o céu e a terra está o nosso coração entendemos a mediunidade, o eu médio intermediando o eu básico e o Eu Superior.
Enquanto nossa usina funcionar manualmente, podemos nos ajudar com algumas técnicas.
A primeira e principal técnica que comumente uso é a do Espiral.
Quando comecei a trabalhar não tinha muita ideia sobre o que fazer, como fazer? Ao pedir por orientação esta foi a informação, mentaliza a pessoa ou o lugar em situação e ao redor um Espiral, sendo que em sentido anti horário libera a energia e horário absorve. Hoje este ,se tornou um instrumento de limpeza cósmica, uso pessoal, de ambiente, de objetos, para grupos, da terra...
Assim, quando entro num local, onde sinto a alteração do meu campo de energia, imediatamente imagino ondas girando a partir de mim, se ampliando e aos poucos as sensações vão desaparecendo.Incrível, que funciona a distancia, até, quando atendo telefone, vou escutando e limpando o que vou recebendo, ao término da ligação fico bem e acredito que a pessoa também.
Este é o movimento da energia no Universo, é também a força do motor, o movimento do vento e assim por diante...
Para limpeza de ambiente pode-se imaginar a casa ou o terreno delimitando o campo de energia em forma de um quadrado e estabelecendo o centro. Em cada canto se mentaliza um espiral anti horário e no centro mais um, o qual se interliga com um fio de energia com os demais. Pede-se ajuda ao mundo invisível, para a limpeza do local e mentalmente fazemos uma varredura à medida que movimentamos o centro, como estão interligados, forma se um grande aspirador, sendo que tudo converge no centro. Acima ligamos este espiral do centro a um feixe de energia para o alto, como o de uma lanterna, e invocamos que tudo se recicle ou que seja absorvido pelas ajudas dos Campos Energéticos Universais. Quando de olhos fechados visualizo o campo que está sendo limpo, vai acontecendo uma alteração de cores do escuro até o luminoso.
Após, gosto de observar as formas de trabalho que vão acontecendo, através da visualização e intuitivamente, seguindo as instruções. Mas, se você acredita não conseguir imagine um ovo luminoso em azul e lilás ou,a cor que vier no seu pensamento, envolvendo toda a área trabalhada. Pense numa estrela
no centro do ambiente, pedindo que tudo fique bem iluminado. Aí , então agradeça a tudo e a todos e encerra- se o trabalho.
Nas minhas pesquisas, notei que quando me sentia mal, em algum lugar, tinha haver com alguma forma de negação interna, pois de alguma maneira me sentia separada. Certa vez me sentindo assim, primeiro observei meu estado e simplesmente repeti mentalmente a palavra negação, percebendo alteração do quadro apresentado, então, me perguntei, qual era a necessidade daquele momento, imediatamente veio em meu pensamento a palavra amor, junto a isto lembrei das pessoas que trabalhavam naquele estabelecimento,
todos os dias, chegando em casa extremamente sugadas energeticamente, sem força para seus afazeres...,me colocando a disposição da energia para vibrar um estado amoroso para todos. Sentia através de mim a formação de uma onda que passou pelo ambiente, acalmando todo o mal estar sentido, até comecei a rir, junto a pessoa que me acompanhava e parecia tudo maravilhosamente bem. Tudo isto se deu em alguns poucos minutos, enquanto transitava na loja.
Às vezes estou andando pela rua, e me chama atenção algumas figuras diferentes, e imediatamente vem uma qualificação, um julgamento. Notei que horas depois ainda ficava com aquela imagem aparecendo na minha tela mental, que brotava do nada e ainda me intrigava.
Resolvi olhar para isto com atenção, para evitar esta perda de energia, pois acredito que tudo que está em meu campo necessita de alimento, quando consciente doo, esta é imediatamente reposta, inconsciente não é doação é roubo, vem negação e cansaço. Então, quando me deparei com alguém em julgamento, logo me perguntei, o que fazer? E a resposta foi: seja um com a pessoa. Até senti um "glub", mas este era o desafio,
então, olhei para a figura e repeti eu sou um contigo, tu és eu e eu sou tu, foi incrível surgiu um estado de normalidade, não tinha mais diferença, e a imagem sumiu completamente.
Continuo lembrando disto, sempre que algo me chama atenção, pois a tendencia é esquecer e repetir tudo, até nos percebermos novamente na mesma história.
A última instrução recebida do campo informacional, foi muito interessante, serve como ajuda para limpar as mentes terrenas, pois esta limpeza gera uma abertura mental, para libertação do espírito e este livre, cura o corpo, cura a alma, libera bloqueios da matéria que impedem estados de paz, de alegria, de abundancia de vida.
O exercício é assim: mentalize um ponto em sua cabeça e deixe vir um local ou uma pessoa em seu pensamento, se vem um lugar imagine as pessoas naquele local e uma onda passando por todas cabeças.
 Se uma pessoa imagine um ponto se ligando a dela e observe apenas o que vai acontecendo. Geralmente, forma-se um espiral luminoso e se amplia em toda a área. É como se cada um de nós fosse um ponto ligado a uma grande rede cósmica, que servimos como um canal para atuação desta energia na terra.
É importante lembrar que existe duas cargas de energia que estamos ligados, uma carga de condução e uma carga de pertubação, quando uma carga de pertubação nos afeta altera nosso sistema biológico e nos desorganizamos, isto gera uma confusão em todos os sentidos, imediatamente queremos fugir, dormir...,e o que menos temos vontade é de permanecer naquela confusão, então nos dissociamos de nós mesmos, ou seja: nosso campo de energia abandona o corpo, indo para mundos construídos ou fixados no tempo e espaço, geralmente ligados as nossas necessidades e/ou as nossas lembranças do passado ou expectativas do futuro.
Geralmente, isto gera uma sensação de buraco no peito, que associamos a angústia e um imenso vazio, que tira a vontade e o prazer de viver. Daí se ligam outras emoções, todas ligadas a esta confusão.
Percebi no meu dia à dia que, se estamos atentos percebemos o momento em que esta confusão se liga ou se ligou. Quando percebemos o momento, senti que faz diferença colocar atenção em nossos pés, mantendo-os bem fixados no chão, coluna ereta e lembrar de nós mesmos, com a certeza que tudo passa. Usar alguma ajuda como uma sálvia, gengibre, cravo e outros ajudam a diminuir os sintomas; os espirais em sentido anti horário também funcionam, mas às vezes basta simplesmente fechar os olhos, respirar e ir simplesmente se observando, ou melhor, observando o campo de energia, que ele vai se alterando, se ampliando e aos poucos tudo vai ficando bem.
Quando só percebemos quando já se ligou, vamos recapitulando, deixando vir no pensamento o momento da ligação,o que sentimos, ou seja as informações do sistema. Quando acessamos as emoções
 verdadeiras tudo se altera, basta um momento de relaxamento e voltamos a normalidade.
Lembre- se que são informações, provenientes de uma prática, embasada em conhecimentos adquiridos ao longo da minha caminhada, associados também a outras formas de trabalhos, xamãnicos, de auto observação, prática de focar e principalmente de uma ação de descodificação de memórias do corpo, através de sensitividade e visualização do campo de energia acessando o campo informacional.
O que posso, entretanto afirmar que toda estas práticas fizeram toda a diferença na minha vida.
Metakiaze!!!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sou esponja!!! e daí?????

Um dia alguém me falou: teu grande problema é que és uma esponja, por onde passas vais limpando tudo. Precisa deixar de ser esponja, faz proteção, usa um tubo de luz violeta, põe símbolos, imagina uma capa de luz azul....., mas, quanto mais eu tentava seguir o que me diziam, mais piorava a situação, pois até que imaginasse as orientações, já estava mal.
Um dia enquanto esperava alguém no carro, desesperada consegui acessar uns símbolos e experimentei mentalizá-los ao redor de meu corpo. Senti que funcionou, mas tudo era muito relativo.
Às vezes me achava além de incompetente, extremamente burra que não conseguia viver bem, sempre dependia de algum auxílio para dar conta.
Nesta caminhada, era uma busca incessante, tinha que encontrar uma saída, ou seja deixar de ser esponja.
Hoje, tenho muita clareza, não era deixar de ser esponja era aprender a lidar com o Ser de puro amor que habita em mim, reconhecê-lo e simplesmente aceitá-lo e permitir seu trabalho através de mim.
Ser uma faxineira ou um faxineiro da Terra, não tem mal nenhum, foi uma opção de Amor que fizemos e podemos estar à serviço deste Amor sem sofrer.
Uma das perguntas que mais ouço é a seguinte: como faço para me proteger?
Primeiro, me proteger de quem?
Segundo, somos uma grande teia energética, onde atraímos e somos atraídos, na qual este corpo é meramente um ponto de referência, sendo assim quanto mais me protejo mais fecho meu campo e quando
algo é atraído, seja outro campo, emoção, pensamento, radiação, cargas eletromagnéticas da terra , dos astros e tantas coisas mais, se está aberto, livre, tudo passa, mas do contrário gera um emaranhado, criando uma confusão, a qual interfere nos diversos sistemas e esta interferência nos desestabiliza e ficamos sem ação, apenas reação.
Nisto, a mente e as emoções fazem o show e a gente mero protagonista, viramos artista sem querer, passando a fantoches dirigidos pela confusão.
Que posso fazer diante daquilo que vemos ou imaginamos, ainda mais do mundo invisível que nos dizem existir. É, sem dúvida alguma extremamente assustador! E eu, um mero pontinho de energia, sem nenhum poder, precisando me defender de tudo isto, que força eu posso ter?
Lembro que me disseram, quando eu era criança, se eu fosse bem boazinha, fizesse tudo que papai do  céu queria, eu seria feliz e que um dia iria para o céu e, agora? - Será que eu não estou cumprindo o que papai do céu me pediu, o que estou fazendo errado? E, esta culpa angustiante, não sai do meu peito, não sei mais o que fazer...
Além disso tudo, como posso deixar de ser uma esponja?
Percebem a angústia , a impotência diante desta simples amostra da tortura que vivemos, acaba sendo mais fácil deixar meu corpo aqui, meio" Zumbi" e meu espírito vai buscar algo bom para compensar tudo isto.
E, assim vamos vivendo, como se a vida fosse uma grande batalha e a terra um imenso campo de concentração.
Aí eu pergunto: Como seria se passássemos a ver a terra como uma colônia de férias, onde fomos trazidos pelo amor, iluminado pelo sol, pelas estrelas e plantados neste chão, onde nos foi concedido a oportunidade de viajar por todo o universo, e ser trazido de volta por um cordãozinho de prata, conduzidos pelo vento e acompanhados por toda a natureza, que consegue ficar tudo junto, sem qualquer possibilidade de separação.Como seria?
Então, pare um pouco, feche seus olhos e simplesmente se pergunte: Eu posso viver esta colônia de férias,
em cada dia de minha vida?
 Sinta seu corpo, perceba seu campo de energia e se permita relaxar um pouco,
se os pensamentos não lhe deixam, não brigue, apenas se imagine observando seus pensamentos e lembrando, são só pensamentos, coloque sua atenção nos barulhos externos, seja quais forem. Experimente!
Só você pode provar disto, pouco à pouco, sem pressa, largando as armas da resistência, das justificativas, das culpas e desculpas e deixando acontecer oque acontecer naquele momento. Ah, ia esquecendo, largue mão das expectativas, pois dificilmente conseguimos superá- las. Sabem porque, não tem como medir, nem avaliar, esta tentativa lhe tira da possibilidade e o coloca novamente no mundo do controle regido pela mente.
 Mas, o mais importante mesmo é decidir começar, e se tornar um pesquisador de si mesmo, onde você é ao mesmo tempo o pesquisador e o pesquisado, como uma brincadeira, usando sua mente para lhe ajudar a brincar. Aí, sim vem as capas do Super Homem ou da Mulher Maravilha, os Símbolos, os degraus, as cachoeiras, a cama de estrela, os anjinhos, até os exús, tudo está integrado no grande serviço e o Amor é o  condutor, a Alegria o alimento e a Plenitude é a cama infinita. Basta se deitar e se deixar ser cuidado, ou se levantar e se ver cuidando, ou nada disto, apenas se sentindo ser aquilo que simplesmente somos.
E, então, é possível não ser esponja? Isto é mais uma crença do que eu sou, não dê importância, opte em ser feliz. Opte em estar em paz apesar de. É possível!!!!
Ahá metakiaze!!!!!

Padrão de Comportamento

A pergunta é inevitável: - O que é um padrão de comportamento?
É uma forma de agir consigo e com o outro, que a gente não percebe mas o outro sim e quando expressada pelo outro geralmente nos ofendemos por acreditar que somos o que não gostaríamos de ser.
É mais ou menos assim:  me olho e me vejo como algo horrível, mas preciso vender uma imagem aceita e adorada pelas pessoas das minhas relações, então crio um marketing com uma nova imagem e este é tão idealizado que passo a acreditar na minha própria criação. Tudo então, se torna tão perfeito, o máximo, eu passo a crer naquilo como verdade, mas o horrível continua lá  na sombra, escondido, por isso nos magoamos, quando alguém nos " joga na cara" o que está percebendo e lhe incomodando. Quando percebemos um padrão de comportamento no outro, primeiro costumamos justificar com medo de machucar, tentamos bondosamente aceitar, criamos mil ajustes, até que numa hora de raiva, tudo fica incontrolável, aí vem a culpa e tentamos contornar e assim sucessivamente...
À vezes ficamos muito tempo brigando com o outro, com medo de falar, tentando encontrar uma solução para suportar tal conflito, nos fortalecendo criando formas de ajustamento embasadas na bondade, na santidade, caridade...até adoecermos e passarmos a depositar toda a culpa no outro, para encontrar uma saída.
Outras vezes brigamos com a gente mesmo, com o nosso jeito de ser e procuramos de todas as maneiras agir de forma diferente, procurando não sofrer e assim vamos levando lições .
Lembrei de mim na Universidade me achando muito tola e ingênua; assim passei a desenvolver um espírito crítico, tão crítica que me tornei cri-cri, tudo procurava uma razão, um por quê, julgava e condenava o possível e o impossível.
Se antes sofria por ser ingênua, sofria então por ser crítica, racional, mas pensava que estava tudo bem.Até me sentia orgulhosa de mim mesma.
Aos poucos a vida foi me mostrando outros caminhos, coisas foram acontecendo, mas minha bandeira continuava de pé. Cada vez me exigia mais, brigava e negava com tudo, vivia triste, cansada, entretanto as obrigações do trabalho, as necessidades financeiras e a constante busca de vencer, me mantinham sempre alerta.
Nesta caminhada passei por depressão, pânico, dores no corpo e outras histórias mais.
Um Mestre, dizia:
Um homem estava caminhando, quando encontrou uma muralha. Indignado com a impossibilidade de continuar, começa a esbravejar e a dar socos, para abrir uma passagem. Seu braço quebrou , logo começou com o outro, após com uma perna depois com a outra, com a cabeça, com o corpo inteiro. Todo quebrado atirou-se ao chão e parou de lutar, adormeceu profundamente e quando acordou a muralha havia desaparecido.
Assim foi minha experiência, quando acordei percebi a maravilha de ser tola e ingênua, se sentir capaz de receber instruções, ensinamentos, possibilidades de curas e vivenciar momentos tão divinos e maravilhosos; a consciência do adulto dirigida pela criança natural, que sabiamente se permite ser guiada, pelo "Eu Real" , sem sequer se preocupar em entender o que é este Eu. Também porque sabia que ser crítica neste momento já não fazia nenhuma diferença. Já não tinha mistério, era só perceber os estados, pedir por instrução e clareza para ver o que me fosse possível de ser visto e ouvir minha voz interior, para passar a informação recebida, observando o sentir do meu coração,a luminosidade , expansão e leveza do meu campo de energia e do campo da pessoa em atendimento.
Viver dessa maneira,é um viver com consciência, quando tudo está em paz é só seguir em frente, quando vem contraste, páro e observo meu corpo, meu estado, até sentir novamente fluir
O trabalho interno segue uma disciplina, a disciplina exige um certo esforço, principalmente na fase inicial, para vencer o "eu habitual" e o "eu dominante", os quais ficam dialogando através do pensamento, lutando ou chantageando com o verdadeiro querer. Quando tudo está integrado em nós, fica natural, prazeiroso, gera estado de alegria, de paz.
Uma forma de perceber um padrão de comportamento é observando o outro , o que nos incomoda, as críticas,ou palavras soltas ou brincadeiras que nos tocam, provocando estados desconfortáveis. Conclui que ganhava mais, olhando o desconforto, como se eu estivesse de fora observando o momento do ocorrido, o que estava sentindo, e o que  na fala do outro me causou mal estar. É como um olhar para o que acontece no meu interior, simplesmente olhar, sem julgamento e pedir por paciência  para esperar que tudo se apazigue e venha a compreensão do que é possível de ser compreendido.
 É importante  lembrar que a tendência da nossa mente, é de se auto justificar, culpar o outro ou se auto punir, assumindo toda a culpa ...
"Toda culpa tem um culpado e todo culpado merece merece castigo". Se eu me considero culpado e o outro inocente atraio a punição para mim. Se eu sou inocente e o outro culpado , quero o seu castigo, de alguma forma. Entretanto se o meu padrão é o  de ser santo, bom, caridoso, iluminado... não posso desejar o mau para alguém, prefiro sofrer, mas me vitimizo para atrair a atenção do outro, para que se sinta culpado com o meu sofrimento.
Ao descobrir um padrão, geralmente nos envergonhamos por esquecer que é apenas uma crença do que eu sou , que isto não é verdadeiro. Perdemos muito tempo e energia com tal julgamento e no esforço para ser diferente. Não é mais fácil olhar para aquilo que nos atrapalha, como eu me vejo e como eu gostaria de viver, pouco à pouco ir convivendo com tudo isto, sem máscaras e inteligentemente olhar o padrão, perceber o estado, sem nos identificar com ele. Olhar para a crença do que eu sou e do que eu quero ser , para lembrar do que verdadeiramente" Sou".
 A atenção na vontade traz o espírito de volta, retornamos ao nosso centro e o estado se altera, gerando leveza, sensação de alívio, ampliação do campo. Ex. Quando repetimos: -eu quero ser paz, eu quero ser paz, eu quero ser paz,. se vem estado de poder ser paz, amplia o campo, produzindo luminosidade, estado de Paz. Podemos então, repetir :- Eu Sou Paz, Eu Sou Paz, Eu Sou Paz, e vivenciando este estado e outros que vamos sentindo e convidando.
O contrário gera contraste, vem formas escurecidas, o campo se fecha, observa- se então, onde este contraste se localiza no corpo e novamente convidamos a emoção, trazendo as lembranças, a crença do que eu sou, o que eu quero ser e assim sucessivamente.
Quando fazemos  contato com ensinamentos que nos exigem um trabalho interno, comumente  negamos de imediato, resistindo a alguma possibilidade, encontrando justificativas ou impedimentos ou até mesmo brigando com quem está oferecendo os ensinamentos. Outra forma de negação é a de pejorativamente ridicularizar aquilo que não quero fazer contato, mas que de alguma forma está mexendo comigo, ou ainda euforicamente acharmos que encontramos a solução para nossas dificuldades magicamente, não dando continuidade a realização do trabalho, depois lembrar e dizer para si mesmo:-não funcionou comigo.
Ninguém pode fazer este trabalho por nós, só experenciando é que vamos encontrando nossas próprias possibilidades de vencer os desafios apresentados, diariamente, em todas as nossas relações.
 A experiencia de vida é um presente divino, enquanto brigamos com ele, não usufruimos do presente.
"Somos um no Todo e o Todo no Um".
Ahá mitakuwe Oasin!!!!!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Temazkal - Contos Vivenciais

A maioria de nós sente ou já sentiu muito medo do desconhecido. Este medo é algo que não tem explicação, pois a sensação está presente, mas não está claro o motivo ou justificativa, entretanto nos sentimos impedidos de realizar coisas ou atividades, que temos vontade de fazer.
Nesta Tradição, Caminho Vermelho, me foi oferecida esta oportunidade a qual abracei como um grande desafio:- vencer este medo.
Temazkal, o que será isto? Alguém me falou um pouco sobre a atividade, definindo-o como uma sauna indígena, que representava o útero da Mãe Terra. Que era uma tenda construída a partir dos ensinamentos dos antepassados, passados de geração à geração , cujo entrelaçamento de varas formava desenho de uma estrela no teto. Tudo isto me deixava muito fascinada. Esta tenda era coberta por lonas e cobertores, ficando uma abertura chamada de porta, seja, um cobertor fica solto, para que a porta seja aberta e/ou fechada. A porta se abre quatro vezes, cada uma com uma orientação.Primeira porta é da apresentação, a segunda do propósito, a terceira da realização o momento de rezar ao Grande Espírito e à Mãe Terra, pela concretização do nosso propósito e a quarta do agradecimento.
Se observarmos nossa vida , nossas relações seguem estas quatro fases, de diferentes maneiras, como um indicativo de caminho para chegar onde queremos.
Chegado o momento da cerimônia, o homem que cuidava do fogo, chamado de homem fogo, pede aos presentes que formem uma fila para a entrada organizada na seguinte ordem, primeiro as crianças,a seguir as mulheres, os casais e os homens. todos entram agachados engatinhando, em sinal de humildade, também para lembrar nossa caminhada na terra.
Fomos sentando em círculo ao redor de uma cavidade no centro da tenda, onde foram colocadas as pedras
vermelhas do aquecimento numa fogueira, trazidas pelo homem fogo até um homem que ficava na porta, chamado homem porta, tudo que entrava e saia  passava por ele. Então primeiro, entravam as ervas medicinais, após as pedras, também chamadas de avós, por serem consideradas as ancestrais mais antigas da terra, ou seja, a união do fogo com a água,depois os instrumentos, o tambor e a maraca e finalmente a água.
O corredor do temazkal agradeceu  a tudo e a todos pedindo para fechar a porta.
O local ficou muito quente e escuro, as pessoas falavam seguindo a orientação de cada momento e o suor era abundante.Era como se tomássemos chá das ervas colocadas nas pedras. O vapor, os aromas, o calor e o escuro associados ao toque dos instrumentos acompanhados de cantos tradicionais provocavam uma onda indescritível  de magia, e sensações jamais vividas. Incrível os sentimentos que despertavam em mim, era um misto de saudade misturado com tristeza, alegria e medo, me trazia uma memória de algo já vivido, porém, sem qualquer noção de tempo e espaço.
Era muito mágico, lavava por dentro, desocupava minha mente e acalmava meu espírito. Houvia e sentia mais intensamente as batidas do meu coração e não sabia mais como proceder diante daquilo tudo, daquele imenso medo do desconhecido, mas não tinha saída, apenas experimentar o que estava acontecendo sem luta, me entregando apenas, nas mãos do Mistério.
Ahá Metakiase! Santas palavras... era o recado para o homem fogo, como uma senha, que era para abrir a porta. Só mais tarde, compreendi o significado, uma saudação, um reconhecimento que todos somos um e assim agradecendo a todas as nossas relações e nestas estão incluídos todos os seres , independente de origem, de raça, de credo, cor e espécie...
Quando terminou a cerimônia, todos saíram engatinhando como entraram e ao sair ou entrar, falavam as palavras Ahá, para as mulheres e Aho para os homens, como uma saudação, um agradecimento.
Ao sair agradecemos ao homem fogo e ao corredor do temazkal e em fila íamos nos abraçando, agradecendo, era muito alegre e confortante. A sensação pós ritual era algo inexplicável, significativo, foi um banho integral, todos estavam alegres, leves, felizes,muito agradecidos.
Hoje já passaram 13 anos e grandes momentos tenho  vivido, mas entrar no Inipi é como  se estivesse, sempre, entrando pela primeira vez, com reverência e respeito, mas também com alegria e agradecimento.
Percebi que o estado de agradecimento produz estado de graça, no qual nos sentimos merecedores de receber abundância de vida. Quando estou no estado de abundância è como sentir o céu aberto, as coisas acontecem, tudo flui, fica sincronizado. Sentir-me conectada é mais importante que os próprios acontecimentos, reconhecer o rezo dos antepassados, dos nossos ancestrais, que um dia rezaram pelas futuras gerações, e hoje eu estou aqui vivendo esta benção, como um ponto  numa grande rede, ligada numa onda de rádio, tendo como referência as sete direções,Leste, Sul  Oeste e Norte, o Céu , A Terra e o nosso Coração.
Assim quero fortalecer este rezo pelas sete futuras gerações, que esta terra possa ser vivida com beleza, alegria e abundância, regada pela paz e o amor presente em nossos corações.

Ahá  Mitakuye Oyasin!!!!


terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Sistema de Crenças

Primeiramente, precisamos compreender o que é uma crença.
Crença é uma história acontecida  no passado e que ainda vivemos como uma verdade.
Nosso corpo é um rio de memórias, cuja água está sempre passando. Entretanto, alguns eventos em nossa vida, os quais se carregam de emoção , são fixados no tempo e espaço e nos impedem de viver plenamente.
Defino meu trabalho como uma descodificação de memórias, ou seja, ao acessar a memória fixada do evento, o que está na sombra vem à luz, limpa -se a emoção e tudo se libera.
Necessitamos lembrar de perceber os estados internos, o exercício de auto-observação .
Quando entramos num estado de negatividade, baixa a frequência de captação de energia, entramos num campo de baixa vibração e passamos a atrair energia com cargas de pertubação, causando desequilíbrio e densidade.  Tudo isto  causa alteração do campo de energia e comumente  nos sentimos mais cansados , com medo, inseguros, com sensações de raiva, dores, mau estar...
Se estamos atentos, logo percebemos que algo está acontecendo e através do trabalho interno alteramos o estado e assim alteramos também, todo o emaranhado do corpo, da mente e das emoções.
Quando deixamos passar e isto vai se tornando natural, a tendência é a dissociação do corpo físico e campo de energia e vamos caindo em pensamentos repetitivos, de preocupação, de ressentimentos, de mágoas, fatos acontecidos sendo lembrados repetidamente... ou entrando num vazio, sem vontade de fazer o que necessitamos e quando tentamos alterar o estado, vem uma sensação de descrença, de incapacidade e nos justificamos afirmando estar "tudo bem", mas internamente está o cansaço, a tristeza, a frustração, um imenso vazio. O eu-ego ou a persona toma conta do espaço e passamos a fazer muito esforço para sobreviver.
É como se caíssemos numa areia movediça e quanto mais nos movimentamos mais afundamos. Então, em algum momento, através de alguma fagulha de luz percebemos a necessidade de pedir ajuda. E aí, tudo começa....
Costumo dizer, que quando alguém vem me pedir ajuda e sinto a pessoa na areia movediça, a primeira atenção é a de perceber meu envolvimento emocional com o problema, me identificando com a mesma, para não cair na areia junto com ela. É preciso olhar de fora e lembrar que a ajuda pode vir através de mim.
É aí, que entra a "segunda linha" do trabalho. A primeira é a auto observação dos estados, das emoções, das crenças do que eu sou, do que eu quero ser,do eu posso ser, do Eu Sou.
Quando entramos no estado do"Eu Sou", podemos fazer a segunda linha, o trabalho com o outro, posso jogar a corda com toda confiança, me mantendo na base, no centro, para não ser puxado pelo desespero do outro.
Ao lembrarmos do "Eu Sou", saímos das crenças de pequenez, de impotência, de dúvida, de ódio, raiva , medo, cresce nosso campo de energia e vem sensação luminosa, às vezes dá a impressão que vamos perdendo o contato com o corpo, o que nos faz voltar ao controle. Se ultrapassarmos estes estados de" eu habitual" e" eu dominante " chegamos no estado de plenitude. Voltamos pra casa, o céu está aberto,o campo de infinitas possibilidades está on line, vem estado de abundância de vida, estamos alinhados com o Céu e a Terra, nosso coração vibra feliz, o "EU QUERO tem força para acontecer.

Ahá Metaquiaze!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Projeto Rosa dos Ventos

A música exerce grande influência na vida das pessoas, agindo desde a audição , conteúdo linguistico, ressonância e assim repetidamente vai ocupando um lugar no subconsciente. A gravação do seu conteúdo, como também seu rítmo , seu tom, geram emoções frequenciais , produzindo campos de ondas de energia com alta , média ou baixa  frequência vibracional , as quais interferem diretamente nas ações do nosso dia à dia .
Nos ritos e cerimônias tradicionais ligados à cultura indígena e afro brasileira, estes cantos e rítmos , servem para abertura de canais com os mundos superiores, invocando sua atuação nas curas e liberação das torturas mentais e emocionais , que frequentemente estamos submetidos e nos causam sofrimento e dor.
Sair deste grande emaranhado é sem dúvida uma das grandes buscas do ser humano.
Nas minhas vivências com estes mundos humanos e Divinos, percebi que é muito bom viver em harmonia com ambos, integrando-os na rotina diária , com uma ação consciente de alteração de estados, para viver com Paz e Alegria inserido no Amor da Mãe Terra e iluminado pelo Pai Sol .
Assim vivendo ,em alguns momentos meu Eu Inspirado, me soprou letras e músicas de canções que podem ser cantadas tanto em ritos e cerimoniais, como cantaroladas ou ouvidas, enquanto trabalhamos e assim gravadas possam estar contribuindo na formação de novos conteúdos vivenciais
Geralmente estes cantos são gravados sem muita produção, pois não se tem pretensões artísticas , nem comerciais.
A aceitação da proposta de Rodrigo Piva, um nome familiarmente conceituado no universo musical, juntamente com Alexandre Lima, um grande maestro estudioso desta arte, para esta produção, se fundamentou essencialmente , na possibilidade de oferecer à todas as pessoas , simpatizantes ou não destas tradições, de ter em sua casa, no seu trabalho, no carro, um CD bem produzido , com conteúdos intuídos para trazer mensagens de auto ajuda e invocações divinas , para ser ouvido e absorvido toda sua vibração e que assim se sintam em paz e harmonia.
Estamos lhe oferecendo como recompensa em nos ajudar neste projeto , a participação em rituais, cerimônias e workshop xamânicos relizados por mim e um grupo de pessoas que apoiam e vivenciam estes Caminhos.
Além do propósito espiritualista, destes trabalhos, buscamos também proporcionar momentos de alegria, de festividade, encontros, com ambiente harmoniosamente belo e confortável, no sentido de imprimir  um conceito de bem viver, experimentando viver na terra como no céu , ou seja integrar a densidade da terra, com sutileza do céu, para que nosso  corpo , mente e coração possam recordar do paraíso e substituir a idéia de perdido ou negado, pelo estado de infinitas possibilidades e,assim poder vivenciar internamente, a confiança de que isto é possível sim e, tudo isto pode ser encontrado no interior de cada um de nós.
A seguir , passaremos informações sobre os trabalhos oferecidos como recompensas , tais como : temascal,
Cerimônia Ancestral , Workshop Xamânico , Atendimento à distância... para sua orientação de escolha.
Acreditamos na força maior do Universo e pedimos a Ele que nos mostre caminhos para viver em paz e harmonia nesta Terra.
Aha, Metaquiaze!!!!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Simplesmente Viver!


Às vezes eu olho para o céu e vejo a beleza de um céu estrelado; quando paro para observar estas estrelas, esse céu, que parecia simplesmente um céu, adquire um novo valor, nem sempre sei claramente o que estou vendo, mas é simplesmente belo.
A simplicidade da vida na terra foi pouco a pouco esquecida pela humanidade, incrível que mesmo as pessoas de vida simples foram esquecendo esta maravilha. As verdadeiras riquezas foram sendo catalogadas como ignorância e pobreza.
Em uma vivência de xamanismo de busca de visão, fui dormir algumas noites numa tenda no meio da mata, onde ficavam as mulheres em seu período menstrual. Esta era construída de costaneiras, coberta com taquaras pelos índios Guaranis, e não tinha piso, era simplesmente chão batido. Ali se fazia um fogo que ficava aceso dia e noite, este era mantido pelas mulheres que estavam nesta tenda. Ao lado desta, ficava uma pilha de lenha e gravetos para alimentar o fogo. Este exercício diário que experimentava, independente da minha vontade, me deixava extremamente irritada, depressiva, triste. Embora tentasse me desvencilhar destas sensações era em vão, as técnicas não se mostravam hábeis, ou seja, não funcionavam. Após sair desta tenda, fui para outro espaço de busca, ainda querendo compreender o que se passava. Tive um momento de lucidez, como um filme na minha lembrança, do tempo em que vivia em um lugarejo pobre, uma vila de pescadores, onde carregávamos água da fonte e acendíamos um fogão de lenha para cozinhar, sem luz elétrica, nem geladeira, televisão, enfim, sem as condições ditas atualmente como imprescindíveis para sobreviver. Vi então o quanto meus valores haviam mudado, e a dificuldade que ainda existia em achar que a simplicidade da terra era considerada pobreza. Esta memória permanece em nós, ou vivemos isto como excentricidade, aventura, ou nos debatemos nos sacrifícios que às vezes a própria vida nos impõe. E dessa simplicidade, que às vezes nos traz também saudade, melancolia, é como uma busca de nós mesmos, de viver a terra em nós mesmos, de experimentar andar na chuva sem proteção, de tomar um banho de água gelada no inverno, de caminhar na mata, de correr de braços abertos nas dunas, de rir simplesmente sem precisar de nada engraçado, de acordar cedo para assistir o nascer do sol, de presenciar a hora em que a noite troca pelo dia como uma página que vira, que os Guaranis chamam de “a hora da visão”, de ficar acordado para escutar o primeiro passarinho que canta na madrugada, e muitas outras formas de terapias que a natureza nos oferece todos os dias.
Quando aceitamos ser natureza e não nos diferenciamos dela, tudo fica em paz, e é possível sentir alegria. Quando negamos esta própria natureza que somos, nos sentimos separados e assim sem força e sem poder, tudo fica difícil e sem graça e vamos morrendo internamente; vem o desânimo, a falta de entusiasmo, brigamos com tudo e com todos. Lidar com estas sensações nos dá muita impotência e descrença. A mente nos domina.
É preciso lembrar que tudo pode ser diferente, se optarmos em viver verdadeiramente; respirar mais, se observar mais, observar nossos pensamentos, lembrar que são só pensamentos, escutar os barulhos externos, perceber os estados internos, as emoções, as vontades, e lembrar da capacidade infinita que somos.

terça-feira, 17 de julho de 2012

A LINGUAGEM DO CORPO NA EXPRESSÃO DA VIDA


A Ciência e a Arte da Cura sempre caminharam em paralelo na história da Humanidade. Além do fascínio que desperta na vida das pessoas, estão também associados a busca do homem em encontrar sua essência e viver bem. Corpo/Alma, Matéria/Espírito tem sido tema de diversos estudos, pesquisas e literaturas, levantando polêmica, tanto no âmbito da ciência quanto das religiões. 

Que mistérios regem a vida, que interferem na saúde causando doenças tão relativas a cada pessoa, desde seu contágio, sua sintomatologia e cura?

Tantos questionamentos sem respostas, tantas conjecturas sobre o assunto, e no entanto, somente compreendemos um pouco, quando conseguimos nos abster da lógica mental e acessamos às informações em nível inconsciente, que são, muitas vezes, inexplicáveis à razão, mas capazes de produzir grandes diferenças no viver cotidiano. Entretanto, a grande pergunta é: por onde podemos começar este acesso?

Muitas vezes, sabemos o que pretendemos realizar, mas quando partimos à ação temos de imediato a sensação de que não vamos conseguir. Queremos falar, escrever, ou agir, mas tudo fica confuso, ou sentimos um imenso vazio. E aí, desistimos por não saber por onde começar. 

Eu percebi, através do trabalho interno, que devemos começar a partir daí. Esta é a porta que deve ser aberta e, aquela sensação de confusão ou de vazio é o limite entre dois estados internos: a comodidade do mental e o desconforto da inconsciência, ou o passo adiante ao desconhecido. O mais comum é recuarmos e não adentrarmos a essa porta. Mas... Quando seguimos confiantes e olhamos pra nós mesmos, percebemos o que de fato está acontecendo.

Essa, sem dúvida, é a forma de começar a realizar aquilo que gostaríamos de fazer: assim que aprendemos a conhecer o que se passa dentro de nós, adentramos a essa porta do Ser e passamos também a compreender um pouquinho do que está lá fora.
Nosso corpo é um grande e mágico livro. É uma epopéia de milagres. Milagres que acontecem a todo instante, mas que às vezes são entendidos como sofrimento. Por vezes, percebo que algo está acontecendo dentro de mim, num movimento energeticamente forte, e isto causa alteração no meu bio-sistema, provocando sensações físicas. Quando paro para sentir o movimento e me coloco “em foco”, tudo se ilumina e se integra, basta esperar acontecer.

A pratica do focar – Um Trabalho de Auto-percepção

1º Nível – O Trabalho sobre si mesmo

1ª Etapa – desarme do estado negativo
- Traz o evento disparador da emoção
- Coloca atenção, com intenção de perceber onde esta se manifesta no corpo físico.
- Fica atento ao que percebes, simplesmente sentindo.
- Simplesmente sentir, sem julgar, sem querer mudar nada. Pergunta apenas, sem responder: Como é o nome do que estou sentido?
- Prova o nome do sentimento e observa se fica igual, aumenta ou diminui. Se aumentar, pergunta outra vez e espera outro nome e prova. Esperando que o estado responda, indicando o desarme. Quando desarmou, entra outro estado. O corpo indica o desarme através do novo estado. Quando a emoção é verdadeira em 30 segundos desativa a sensação física. Se ficar igual ou aumentar, não é verdadeira a emoção.

2a Etapa - manifestação do positivo que estava preso. Reconhecimento do que é real.
- Na 2a fase, se a palavra corresponde ao estado, a sensação aumenta. Se fica igual, espera outra palavra. Uma vez que aumentou vamos ao último passo. No final é importante fazer a Re-identidade, repetindo 3 vezes em voz alta, sempre sentindo o estado.

REFLEXOS DE VIDA E MORTE

Não há cercas que eu não possa abrir
Não há caminhos que eu não possa andar
Não há montanhas que eu não possa subir
Não há céus que eu não possa voar

Em cada estrela que eu coloco meu olhar
É uma linha que se forma
Que se trama em milhões de fios
Que se confundem com infinitos dramas

São fios do meu pensamento
Que se tramam nesse imenso movimento
É um movimento que destrama
Todos os fios do meu pensamento

E é o pensamento no meu movimento
E é o movimento do meu pensamento

E eu vou voando no meu pensamento
E eu vou soltando o meu sentimento
E vou me soltando no meu movimento
Vou movimentando esse firmamento

É nessa trilha que eu vou seguindo
É neste jogo que eu vou vivendo
É neste olhar do que eu estou querendo
Que eu vou conseguindo este movimento
E vai se abrindo meu pensamento
Vai liberando meu sentimento

Eu vou alcançando este imenso vôo
Onde não existe mais nem céu nem terra
Já não me enredo nos meus pensamentos
Nem me enrolo mais nos meus sentimentos

Onde minha alma já não é mais minha
Eu já não existo, já não sou sozinha
É um infinito com infinitas linhas
Já não luto mais com meus pensamentos
Já não luto mais com meus sentimentos

Eu me integro a tudo pois já sou o todo
Eu já não sou tudo eu só sou o nada
Eu só sou um nada mas também sou tudo
Já não sei mais nada
Eu só simplesmente sou !

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CONTOS XAMÂNICOS - RELATOS VIVENCIAIS

Quando iniciei neste caminho, estava muito envolvida com práticas energéticamente sutis, ligadas ao esoterismo , sufismo, budismo, em busca de algo que preenchesse o imenso vazio do meu peito e me desse uma resposta se o que eu estava vivendo era realmente o meu caminho.
O contato com o Caminho Vermelho me trouxe um contraste muito chocante. Por mais que eu tentasse aceitar, internamente, questionava, criticava e repelia tudo e todos.Ao mesmo tempo em que os cantos, os ritos me despertavam uma lembrança, me provocava um misto de saudade, tristeza e melancolia, que  me fazia chorar, vinha um impulso de fugir,  mas algo misterioso me envolvia e me atraía imensamente..
O líder espiritual um jovem médico, extremamente amoroso e carismático , com muita determinação, às vezes, duro e rispído nas suas posturas e atitudes, gerava muita contradição, variando entre sentimentos de completa negação, profundo carinho  e por vezes, idolatria.
Desde criança fui levada a me criticar, me sentindo extremamente insegura. A educação rígida da mãe e a presença omissa do pai despertavam em mim, muito medo, muita culpa, impossíveis , porém, de abafar meu espírito louco e aventureiro, mas era como se soasse um alarme ressonando: PERIGOOOOOO!
Entretanto, podem imaginar como isto me deixava confusa e atraída?
 Abria -se uma porta, para vencer minha insegurança e pânico, os quais já haviam sido focos de muitos processos terapêticos. além disso, a busca de poder espiritual, como uma longa jornada em minha vida, me deixava extasiada com a eminente possibilidade. A promessa que se configurava em minha mente era a abertura da visão como o maior desafio. Imaginava esta abertura me possibilitando ampliar meu contato com mundo espiritual, ajudando ,assim , o trabalho já em andamento, cuja " cegueira " provocava muita frustração.
Minha primeira experiência foi uma cerimônia com plantas de poder, a qual excitava meu medo e o desafio de superá-lo. Formamos uma caravana com  cinco pessoas do meu círculo e literalmente fomos pagar para ver, tudo que imaginávamos ser apresentado.
Era um imenso tippy, uma tenda usada pelos índios norte americanos, um ambiente extasiante. Primeiro, passou uma sacola com tabaco e palha, para fazer um"palheiro", para expressar a palavra em forma de rezo. Eu simplesmente fiz, mas não conseguia experimentá- lo, minha negação era maior que todas as explicações dadas. Tudo era muito estranho para minha mente.
Após foi servido o chá, mal continha minha expectativa e medo. Já havia lido sobre os efeitos e suas visões, e havia criado  toda uma fantasia, entretanto, nada aconteceu conforme o projetado .
Eu apenas me sentia.como se estivesse flutuando na parede da tenda, olhando para o grupo abaixo, curiosa com o que estava acontecendo , mas era como se tudo fosse imaginação.
Em algum momento se formava um tronco de energia , como se fosse um "palanque" e dele, saiam fios elásticos onde se ligavam as diferentes raças do povo da terra. Aos poucos cada uma ia se afastando do tronco ,ainda , ligados pelos fios, parecendo livres; corriam, pulavam , expressando sinais de liberdade. Mas era como se o fio elástico fosse esticando, esticando e quando chegava num ponto de energia que não rebentava, mas também não conseguia mais esticar , o tronco puxava -os de volta, embora se debatessem, e aí tudo recomeçava até se soltarem novamente. Tinha a impressão que éramos nós aqui na terra.
Foi interessante , mas imaginava que seria diferente.Incrível, quando temos uma expectativa, mesmo que as coisas aconteçam, se não corresponde ao esperado , nos sentimos frustrados. E, foi assim que me senti, nos debatíamos no caminho de volta, procurando entender ou encontrar alguma explicação.
Outros episódios aconteceram , aumentando ainda mais minha certeza que não era o que eu estava esperando.
Quase no final da cerimônia ,na hora em que os alimentos estavam sendo rezados, resolvemos sair , ir embora. Fora do grupo, olhei em volta, olhei para o grupo e disse à mim mesmo:- Esta não é minha praia.
Durante a viagem de volta, algo estava muito mexido dentro de mim. Queria que fosse diferente.
Resolvi desistir, mas embora eu justificasse de toda maneira minha decisão, uma parte em mim não ficava em paz.
Após uma semana , a pessoa que me convidou, voltou a me visitar para compartilhar da minha experiência . Relatei o evento, tudo que tinha acontecido, informando-lhe a minha decisão , ela então me propôs , que retornasse a mais uma cerimônia, para decidir com mais certeza. Embora  ainda, com dúvida, confesso que senti um certo alívio, resolvi dar mais uma chance.
Foi uma cerimônia com ayahuasca e foi muito intensa. Desta vez o encontro era ao ar livre, todos sentados em círculo ao redor do fogo. Depois do rezo com o tabaco foi servido o chá, também chamado carinhosamente, como avózinha. Concentrei minha atenção no fogo, quando , de repente tive a sensação de deslocamento para um outro lugar. Era muito sombrio, imaginava ser um mundo infernal, as  sensações do corpo eram incompreensíveis, extremamente desconfortáveis. comecei , então a repetir mentalmente, tentando me confortar, Eu Sou Luz, Eu Sou Luz...e encontrava uma calma, a qual ia me envolvendo, mas logo vinham pensamentos que alteravam meu estado e novamente me sentia sendo puxada, voltando as sensações do corpo. Tinha a impressão de uma voz repetindo atrás de mim , tentando me orientar, que repetia. "Tu sabes quem tu és, não te dispersa, não te dispersa" e, assim continuava a luta. Entrava num estado luminoso e tudo ficava maravilhoso, mas aos poucos vinham pessoas da minha convivência diária, que me distraiam, me dispersava e voltava a luta.
Cheguei a um lugar amplo, ao longe avistava uma mulher muito linda, luminosa e a voz me dizia que era eu, que fosse até ela. Eu saia correndo na sua direção, ansiosa pelo encontro, mas se abria uma fenda entre nós a qual impedia a aproximação. Queria atravessar ou dar um salto, mas não conseguia, me olhava no fundo da fenda como uma pessoa sem nenhum valor, um nada, alguém que não tinha nenhum merecimento de coisa alguma ,menos ainda de ser aquele eu luminoso.
E, assim voltava ao mundo já conhecido e tudo recomeçava.
Num certo momento, comecei a implorar por ajuda , que eu queria voltar, que me mostrassem o caminho. De repente , era inacreditável, voltei a vislumbrar o fogo. Ali se mostrava um caminho.
Fiquei extremamente impressionada, mas sentia que ali se mostrava uma saída para minha vida, uma orientação para superação de minhas dificuldades.
Comecei a observar as distrações no meu dia à dia e, o quanto me dispersava em cada momento.
Embora, continuasse a sentir medo, minha vontade de ser aquele eu luminoso, me impulsinou no desafio de vencer a mim mesmo, para viver livre e feliz.
Hoje este caminho é a minha própria vida, que se integra com tudo com todos e, é só agradecimento.
Ahá, Metaquiaze!!!!!1

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A LINGUAGEM DA LUZ NO PROCESSO TERAPÊUTICO

Quando permanecemos muito tempo com a mesma luminosidade, nossos olhos se adaptam aquela quantidade de luz, passando o comando para todo o corpo de sua adequação. As ações e reações passam a acontecer relativamente.
O estabelecimento de novo contato exige um certo tempo para readaptação. A vivência deste processo desde o nascimento, porém, nos faz crer que aquela quantidade de luz recebida é o máximo da capacidade humana.
Culturalmente e ideologicamente toda a população é condicionada a acreditar "ser assim". Quem vê além, é diferenciado e enquadrado dentro dos parâmetros existentes da paranormalidade ou super dotação.
Desde criança fiz contatos com estas pessoas, numa pequena comunidade rural e esta rotulação me provocava medo. Este medo causou sérios bloqueios em minha vida, impedindo-me a visualização de novos processos de vida. Hoje, ao relacionar-me com as pessoas, verifico a importância destes conceitos em suas vidas sem, contudo, ser possível interferir nas experiências do momento, pois entendo que é necessário este período de readaptação. (Relato de experiência da autora).
Esta luz, no entanto, é confundida e visualizada fenomenologicamente, enquanto sua classificação é o centro dos mais diferentes tipos de pesquisas científicas.

Bárbara Ann Brennan (1987: 54), em seu livro ''Mãos de Luz", escreve: "em todo o discurso da história, a ideia de uma energia universal que impregna toda a natureza foi defendida por muitas mentes científicas ocidentais. Essa energia vital, percebida como um corpo luminoso foi registrada, pela primeira vez na literatura ocidental pelos pitagóricos, por volta de 500 a.C. Sustentavam eles que a luz produzia uma série de efeitos no organismo humano, incluindo a cura de doenças".
Richard Gordon (1978: 20), no livro "A Cura pelas Mãos", afirma: "a força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética. É a corrente animadora da vida e uma realidade fisiológica no corpo...”.
“Através dos séculos, a força vital tem sido rotulada com diferentes nomes por muitos povos. Cristo a chamou de "luz", os russos em suas pesquisas psíquicas, chamaram-na energia "bioplasmática"; Wilhelm Reich referiu-se a ela como "energia orgone", os iogues da Índia Oriental chamam-na de "pran" ou "prana". Para os Kaunas, ela é "mana"; Paracelso chamou-a de "munia". O termo comum chinês é "chi ou ki", manuscritos alquimistas falam de "fluido vital", Eaman descreveu-a como "força X"; Bruner chamou-a energia "biocósmica"; Hipócrates chamou-a ''Vis medicatrix naturae" (força vital da natureza)”.
Ela também tem outros nomes, como bioenergia, energia cósmica, força vital, éter do espaço, etc. E estou certa que há inúmeros outros. Para simplificar, referir-nos-emos a ela como força vital, ou simplesmente "a energia". A força desta energia atua sobre o homem através do corpo, como se utilizasse um sistema circulatório invisível, gerando uma carga vibratória cuja interpretação lhe garante a comunicação interna, para acessar a mesma força vibratória que está ao seu redor. O conhecimento sobre o funcionamento orgânico e energético do corpo permite ao ser humano, atuar sobre sua própria força vital na autogestão da vida. O condicionamento de nossa mente de que o funcionamento harmônico depende das influências externas, nos isentam "comodamente" que não depende de nós a condução universal.
Escondemo-nos atrás da dor, da linguagem oral, dos mais diversos mecanismos, com medo do nosso silêncio, e assim ocultamos nossa essência, em busca de quimeras, como se esta estivesse num campo coberto de flores, num céu cheio de estrelas, no coração apaixonado do sexo oposto, em raios coloridos brotando do coração amigo, sem perceber que todas estas imagens e sentidos, estão codificados na essência do nosso ser.

- O que vejo é o mesmo que o outro vê?
- Quando um descreve outro não cria?
- Quem garante a realidade?

Criamos nossas próprias fantasias e nossas próprias realidades.
Dr. Deepak Chopra (1989: 129--131), afirma: "Toda nossa fisiologia pode se transformar tão rapidamente quanto um neuropeptídio, que é parte do corpo mecânico quântico".
Porque podemos mudar, como o mercúrio, a qualidade fluida da vida é natural em nós. O corpo material é um rio de átomos; a mente, um rio de pensamentos; e o que os mantém unidos é um rio de inteligência. A beleza de uma imagem tão simples reside no fato de que a inteligência é simples; as complicações surgem quando alguém procura detalhar toda a maquinaria incrivelmente complexa do sistema mente-corpo.
A mente tem a propriedade de manter todas as nossas ideias armazenadas, digamos, em um reservatório silencioso, onde são organizadas com exatidão em conceitos e categorias. Sem definirmos o processo como pensamento; talvez vejamos a natureza pensar em muitos canais diferentes, dos quais nossas mentes estão entre os mais privilegiados; ela pode criar sua realidade quântica e ao mesmo tempo experimentá-la.

Um evento quântico no campo das ondas de luz pode ser muito objetivo, mas e se a realidade quântica estiver presente apenas no campo de nossos pensamentos, e emoções ou desejos? Quando a pessoa está convencida da sintomatologia vivenciada no dia-a-dia, continua presa á sua própria realidade, onde "estar doente", "não ter prosperidade", ser infeliz, estar em constante culpa etc. é a entrada de dados que predomina.
Estes estados de ser constituem, para si, sua própria verdade. A pessoa cria seus próprios cenários, se convence deles, de tal forma, que esta crença se estende até suas próprias células. Assume assim, o seu próprio drama. "Pensar é formar dentro de nós padrões tão complexos, rápidos e de uma riqueza tão variada quanto a própria realidade". (Deepak Chopra, op. cit.: 131).
No trabalho realizado, quando fecho meus olhos para visualizar que tipos de informações são possíveis ler no corpo da pessoa atendida, vão se formando ondas de luz com frequências coloridas, símbolos, contornos, imagens e sensações, que me permitem intuir a história que sua consciência armazenou em suas células e seus registros vão sendo decodificados.
À medida que os bloqueios energéticos vão sendo desobstruídos, a luz vai se abrindo de forma instantânea e as sensações do corpo vão se alterando, desaparecendo os sintomas relacionados.
É interessante observar as mudanças das cores em menos de um milésimo de segundo, alterando-se por vezes num simples toque da mão ou da mente. Em dadas situações, na conexão com a luz, me surpreendo fazendo contato com as cores e na rapidez de sua mudança, quando a pessoa involuntariamente altera o seu pensamento momentâneo.
Estávamos terminando uma sessão, quando Marta vibrava com as cores azuis e verdes, misturando-se com nuances de dourado, e eu me encantava, ao visualizar o maravilhoso quadro. De repente, tudo ficou escuro, como num apagar das luzes.
Quis entender a causa e perguntei a ela se havia mudado seu pensamento, sendo que respondeu afirmativamente. Indaguei sobre o tema pensado, quando respondeu: "meu sobrinho, quero muito ajudá-lo, mas não consigo". O desejo manifesto trouxe imediatamente o pedido de ajuda, traduzido através das cores.
Num dos momentos em que escrevia este trabalho, tive uma sensação no meu corpo, através da audição, me permitindo escutar e escrever o que segue:
Luz é informação. No escuro não há informação. Magia é fazer o escuro acender-se em múltiplas cores, despedaçando-se em pequenos fragmentos luminosos, que se espalham em outras áreas também escuras.
Cura é magia. Curar é acender luzes na escuridão. Quando se entra em contato com a luz, nem sempre o corpo está apto para tal, por isso sofre uma série de sintomas denominados como desarmonia, doença, desequilíbrio e outros rótulos mais que os homens adoram usar.
A sintonização dos canais luminosos está nas mais diversas partes do ser humano, no corpo físico, onde recebe todo o impacto dos demais corpos, mas que ainda não conseguiram ajustar.
No momento em que tal fato é permitido, começa a espalharem-se fragmentos de luz, transformando a dor em bem-estar, mudando todo o padrão dos demais corpos que interferirão diretamente na complexa maquinaria humana. Um ponto está ligado diretamente a outro, eletronicamente interligado. Basta ligar a tomada. Somos um complexo todo luminoso, um feixe de luz único, recebendo todas as informações de uma vasta rede.
Por que? Por que, não aceitam fazer parte deste todo. Negando, interrompem o canal energético, prejudicando uma grande parte da rede e comprometem o todo.
A luz possui uma linguagem própria, associada ao som, comandada pelo pensamento.
Quando o homem busca fora de si a responsabilidade para seus infortúnios perde a oportunidade de acionar o seu próprio canal e encontrar as suas próprias respostas. Tocando no seu corpo e mente ele vai encontrando e abrindo sua rede para acessar suas informações.

Alguns passos são importantes.

Tomar conhecimento do funcionamento dos seus corpos e de sua conexão universal .
• Permitir que seus canais de comunicação sejam abertos, descongestionando os entulhos gerados através de registros anteriores, sentimentos, emoções, formas pensamentos e pensamento .
• Manter-se permanentemente conectado ao Universo. Para tanto, basta deixar a mente ocupada com bons pensamentos ou em oração .
• Observar seu pensamento, sem luta, lembrando que é só sua mente e ampliar sua percepção escutando os ruídos externos .

Estar atento às reações orgânicas, pois estas funcionam como sinais, que nos chamam a atenção para a necessidade de observar nosso campo informacional, emoções ou captações energéticas absorvidas do campo vibracional associadas a pensamentos, memórias dos mundos inconscientes, ambientes, contato com outras pessoas, eletromagnetismo, etc...
Se você amar mais e mais, permitindo sua ampliação e integração ao Amor Universal, sentirá sua inclusão no Campo Energético Universal (CEU), sentindo-se assim parte dele, deixando apenas fluir. Assim a vida se transformará num conjunto de ações e reações, regidas pelo eletromagnetismo do planeta. Poderá sentir-se nele e feliz por estar diretamente contribuindo positivamente na sua conservação e elevação de sua consciência cósmica.
Toda a natureza vibra conosco e através de nós. Mas aprendemos a responsabilizar Deus pelas desgraças de nossa vida, nem sempre, porém, agradecemos pelas graças recebidas. Se a natureza vibra através de nós, como podemos atribuir a ela a nossa infelicidade?
Todos estes conceitos, preceitos a maioria de nós já conhece, mas a grande pergunta é: O que fazer para atingir a mágica de viver em harmonia? Lembramos geralmente de um fato, ou momento em nossa vida, que nos sentimos como gostaríamos de ser eternamente. Geralmente, sentimos nostalgia, ao suscitar a lembrança. Ou então, sentimos saudade, mas não sabemos de que.
Às vezes quando, escutamos que tudo depende de nós, sentimo-nos extremamente incompetentes, culpando-nos dos insucessos diários, Como os únicos responsáveis por tudo que nos acontece.
Entretanto, é importante ressaltar que na mesma rede de luz que permeia o Universo, também existem os pontos escuros, que contrastam com a luz, dando-lhe formas e realçando cores. No entanto, até entendermos o sentido dos opostos, sofremos sua interferência na sintomatologia psico-físico-emocional. No trabalho terapêutico de defesa energética, tenho constatado o seguinte caminho da luz.
Inicio o trabalho com a leitura do corpo, ou seja, de olhos fechados vou visualizando as cores e as formas, ligadas a temperatura e sensações. Outro objeto de leitura é o pêndulo, o qual me proporciona informações sobre os chacras e de acordo com os seus movimentos concluo o estado geral da pessoa.
As cores mais comuns ao iniciar o processo são: preto, verde amarelado, verde água quase azul, vermelho. À medida que se entra em contato, dependendo da densidade energética ou gravidade da questão em tratamento, as cores vão se alterando, para laranja, amarelo, verde, misturando-se até que seja totalmente tomada pelo violeta.
Após esta cor, geralmente aparece o azul brilhante misturado com verde forte, dando-me a certeza da conclusão daquela etapa de trabalho.
Interessante que as formas e as cores visualizadas são quase sempre também acompanhadas pela pessoa em atendimento. Vale lembrar que as formas apresentam-se em sentido figurativo, acompanhada, porém, da informação intuitiva.
Fico pensando quantas pessoas vejam cores, rotineiramente, sendo que desconhecendo sua linguagem e incapazes de ouvir sua voz interior, deixam de se comunicar com o Universo, perdendo assim a possibilidade de alterar sua própria realidade e viverem de uma maneira mais harmoniosa e sadia.

domingo, 24 de junho de 2012

O REIKI COMO FACILITADOR DE CURAS

Quando falamos de cura, é imprescindível esclarecer uma dúvida ou um questionamento. Curar quem? ou O que? Este tema já ocupou meu universo de pesquisa interna. Quando me pergunto: Se o Ser é perfeito e eu sou o Ser, quem será curado? e a resposta imediata foi . Eu! Eu , quem? Que eu?Partindo -se de uma compreensão lógica: tenho uma mente, um corpo, alma e espírito, olhando assim apenas o corpo é considerado matéria ou seja energia condensada, que é ao mesmo tempo densa e ao mesmo tempo sutil ou seja um corpo e um campo , ambos energia.
 Geralmente consideramos este sistema de cura de forma especificada: físico, mental, emocional, espiritual, como  se as situações acontecessem separadamente. Entretanto, quando se trabalha numa compreensão mais ampla, percebemos ser impossível qualquer separação. Tudo é apenas um ponto de partida, o início da linha para desenrolar o fio. À medida que a teia se desenrola, vão acontecendo as curas.
Vejo que cada pessoa é um universo contido em diferentes universos, compondo um todo, impossível de ser imaginado, percebemos apenas partes deste todo; é uma visão finita, pois o infinito é inimaginável. Assim, sinto que é impossível interagirmos neste Sistema mecânica ou meramente técnica , de alguma forma estamos interagindo, mesmo inconscientemente. A diferença é o estado que se sente,pois nem sempre é de amor e alegria.
Entretanto, se acessamos este estado de servir e invocamos a presença do Ser em nós elevando nosso pensamento para uma vibração mais alta, o campo de energia se altera e se interliga nesta grande Teia.E aí, somos apenas um canal por onde a Energia se manifesta.
No meu processo de busca , pude vivenciar alguns ensinamentos que foram e ainda são significativos na minha vida e no meu trabalho, os quais eu sigo como princípios básicos, repetindo-os sempre que preciso.
1º Eu sou submissa eu aceito o Poder.
2º Eu não sou responsável por ninguém, sou responsável apenas por mim mesmo.
3º Ser terapeuta é fazer nada, apenas se perceber com atenção e emprestar sua mão, sua boca,seu coração, seus olhos,seus ouvidos, seu corpo, sua mente , suas emoções etc...ao mesmo tempo perceber
a pessoa que está interagindo e tudo que está acontecendo. É uma percepção ampliada.
4º Eu me integro à ti hó Grande Mestre e aceito ser a tua Glória e seu Poder.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

XAMANISMO - UMA VISÃO HOLÍSTICA

Falar de Xamanismo é falar de nós mesmos.Se analisarmos racionalmente, veremos que os elementos que formam a Terra são os mesmos elementos que formam nosso corpo. Logo concluo que o meu corpo e o da Terra são a mesma coisa. "Terra meu corpo. Água meu sangue .Ar é meu alento e Fogo meu espírito." canto xamânico.

Xamanismo pra mim é um estudo da capacidade do homem em viver na terra. Entretanto, é o sair do senso comum, da estruturação mental , que nos aprisiona num quadrado, ou seja a representação da forma, e informados acreditamos que não tem saída.

O Xamanismo nos apresenta um mundo de possibilidades de ir além da forma e experimentar algo indescritível, vivenciado apenas pela própria pessoa. É entrar num Universo onde a percepção se amplia e ultrapassamos as fronteiras dos conceitos e verdades estruturados na mente humana.
Se nos deslumbramos com os sonhos, imaginem sonhar sabendo que está acordado, vivenciando um estado jamais experimentado, e ou se já vivenciado, carregado de medo ou fantasia , como algo sobrenatural.

Como em tudo que se apresenta em nossa existência, está inserido também na dualidade,da mesma maneira que se viaja aos céus pode-se também adentrar os mundos infernais e este é o grande drama da humanidade.A identificação com estes mundos, nos confunde com eles , gerando estados que nos remetem a um sofrimento, além da nossa capacidade humana. E, assim sempre que podemos fugimos para lugares ligados á memória, ou mundos mentais já conhecidos que nos trazem conforto e bem estar.

A proposta apresentada é a de se permitir abrir uma fenda neste quadrado, para enxergar um pouco mais além.Quando falo de enxergar não estou propondo nada sobrenatural , estou apresentando caminhos que podem nos conduzir à uma percepção mais ampliada do nosso viver cotidiano, o qual só depende de nós mesmos.

Na minha jornada junto ao Xamanismo, pude experienciar diferentes formas e contatos, entretanto resolvi abraçar como caminho iniciático a tradição dos índios Norte Americanos, chamado Caminho Vermelho.Neste existe diversas ramificações; a que estou seguindo é o Fogo Sagrado de Itzachilatlan, cuja sede está situada em Urubici- SC. Brasil. Este caminho é vivenciado através de ritos e cerimônias, que possibilitam uma compreensão mais ampla da vida na Terra, por isso chama-se Caminho Vermelho, cujo significado é caminho do coração.

As vivências estão alicerçadas em sete Cerimônias :
1º Cerimônia do Tabaco
2º Cerimônia do Temaskal
3º Cerimônia com Plantas de Poder
4º Cerimônia de Busca de Visão
5º Cerimônia Dança do Sol
6º Cerimônia Dança dos Espíritos
7º Cerimônia das Bênçãos (batizado, casamento, reconhecimento de parentesco, relação com a morte)

Vivenciar este caminho é uma grande bênção, pois é como penetrar na profundidade da Terra e me sentir uma com Ela , poder sentir os corações num só pulsar e agradecer o imenso amor desta Mãe por seus filhos. Voltar a sentir a sensação uterina, mas reconhecendo que apenas saímos de um pequeno útero para um útero maior, onde pensamos que estamos separados,sem perceber que somos um Grande Espírito, filhos de uma Grande Mãe.
 "Somos Um no Todo e o Todo no Um".

Basta pensar que uma célula do teu corpo possui toda a informação sobre ele.
Uma gota do oceano contém toda a memória do oceano.
Nesta tradição dizemos Metaquiaze ou mitakuye oyasin,ou seja, saudamos e agradecemos todas as nossas relações e nestas relações estão todos e tudo, sem nenhuma exclusão. Esta visão holística me permite associar xamanismo a uma compreensão holística, onde tudo e todos se incluem. Impossível de separação!
A letra dessa música que escrevi na montanha reflete bem minha expressão:

Você que caminha na Terra
Você que caminha ao Sol
Você que caminha no vento
e vive a verdade do amor
Vai além do pensamento
Atravessa as fronteiras da dor
Você é levado no vento
que leva as ondas do mar
viaja pelo infinito
fica deitado no ar
se deita numa cama de estrelas
fica assistindo ao sol
olha o céu e a terra
sente a luz da imensidão
não teme a vida e a morte
nem sente mais separação
mergulha na água e no fogo
habita o ar e o chão
Aha e aho
Aha e aho
Aha e ahoo
Aha e ahoo
Aha e aho
Aha e aho
Neste caminho vermelho
Eu rezo por  felicidade
Que eu seja uma grande criança
brincando em todas as idades
Que não haja mais diferenças
Nem crenças de separação
Que eu seja uma só presença
Numa completa união.

Mitakuye Oyasin!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

VENTO

Um dia perguntei ao vento o que precisava fazer para superar a sensação de insegurança que sentia dele. E o vento sussurrou através de meu pensamento . Seja um comigo. Então fui até o alto de um monte de dunas,  e abri meus braços ao vento deixando bater e m meu corpo. Logo veio a sensação de frio e ao mesmo tempo um sentimento de insegurança que me dava uma imensa vontade de me esconder num canto protegido, tão encolhida que nem o pensamento do vento me atingisse. Senti uma imensa vontade de chorar e de fugir, quando perguntei ao vento o que nele , me causava tanto desconforto? O questionamento me fez parar por algum momento e pude, então sentir o vento, quando percebi    a sensação de liberdade que ele me proporcionava, da qual eu sentia tanto medo. Aí então pude entender seu sussurro . Abri meus braços, cabeça , coração e me senti finalmente, totalmente abraçada por ele....

segunda-feira, 21 de maio de 2012

SINTONIZANDO LUZ

A ciência e a arte da cura sempre exercem um grande fascínio na vida das criaturas humanas. Desde os primórdios da história, existem relatos dessa natureza, isto é, uma busca incessante do homem em encontrar sua essência e viver bem.
Corpo e alma, matéria e espírito versaram já estudos, pesquisas e literatura, como tema polêmico tanto da ciência quanto das religiões. Que segredos regem a vida do homem, interferindo na saúde e na doença, cujas doenças relativizam-se de pessoa para pessoa, desde seu contágio até sua cura? Por que determinadas sintomatologias psico-fisico-emocionais não desaparecem ao serem clinicamente tratadas pela medicina ortodoxa? Que mecanismos são usados pela medicina alternativa, na cura de doenças consideradas clinicamente crônicas?
o que permeia o interior do ser humano, que se permite adoecer, sofrer e até morrer? São questionamentos em busca de respostas, cujas conjecturas sobre o assunto, nos levam a reflexão e vivência, onde cada pessoa descobre suas próprias respostas.
A complexidade do referido assunto, porém, acreditamos fundamentar-se na sua própria simplicidade e unicidade na compreensão do mesmo, abstendo-se assim da lógica mental dos seres humanos.
No decorrer desta minha existência, desde criança, passei por momentos inexplicáveis mentalmente, os quais considerava mágicos. Dentro da compreensão lógica do ser humano, tais momentos de intenso deslumbramento eram contidos como "viagem" e, devido a isto, era rotulada como alguém "devagar" ''tola'' ingênua" sendo estes fatos, algumas vezes, motivo de risos ou indignação familiar.
Para me adaptar ao sistema, mudei hábitos e comportamentos e passei por momentos de "tortura mental" nos quais a culpa, o medo, a insegurança eram meus grandes aliados e companheiros.
Uma certeza, no entanto, sempre me acompanhou, "a existência de Deus", não como aquela imagem descritas nas liturgias religiosas, mas como algo muito grande e forte que direcionava a vida e não conseguia explicar nem como nem porquê.
Em busca de mim mesmo, sofri intensamente, mas também passei por momentos de muita felicidade.
Em agosto de 1996, iniciei um processo em minha vida, o qual denominamos quântico. Entrei num grande redemoinho sem conseguir entender tudo e nada que me acontecia ao mesmo tempo. Foi um longo e interminável período como se anos fossem vividos em meses.
Em abril de 1997 participei de algumas vivências junto á natureza e senti a abertura de canais ligados à intuição, como se um véu fosse gradativamente retirado de meus olhos e de minha mente.
Intuição e realidade misturavam-se ao sentir, visualizar, tratar e encontrar respostas nas soluções que as pessoas aos poucos iam resolvendo no. seu interior. Abria-se um canal de cura cósmica, ligada á limpeza energética de bloqueios nos diversos níveis, que estavam influenciando a vivência da pessoa, no momento atual.
A ligação com seres espirituais, o conhecimento e experiências da autora , passaram a se completar e a se interligar no processo terapêutico.
Não se trata de milagre, vivência, ou curandeirismo, apenas a interpretação de símbolos ou imagens, formas, cores e mensagens intuitivas aliadas a utilização de elementos da natureza para defesa de sua própria energia.