segunda-feira, 13 de março de 2023

Mediunidade no Cotidiano

 Neste trabalho terapêutico já acompanhei muitas pessoas vivenciando esta sensitividade, com muitas dores e sofrimentos por longo tempo. Quando desarmaram o processo em que estavam sofrendo e aprenderam a lidar com seu potencial, passo a passo organizaram suas vidas.
Eu própria só consegui sair das minhas áreas de drama quando me apropriei de mim mesma e me enxerguei como um pontinho na
imensidão do Universo me reconhecendo nesta Interacionalidade cósmica, onde tudo e todos estão, perfeitamente interligados.
Lembro da minha criança com cinco anos, quando escutei que um homem da comunidade em que eu vivia havia sido atropelado por um trem e sendo espalhado seus pedaços. Era desesperador quando ia dormir e ver as imagens refletidas na parede do meu quarto, dos diversos fragmentos. Fechava meus olhos e continua vendo e meu corpo sentindo um desespero, mas não conseguia falar com ninguém o que estava acontecendo.
Às vezes tinha a sensação que entrava uma coisa muito ruim no meu corpo e eu crescia por dentro com algo que simplesmente não conseguia entender. Já estava com 12 /13 anos e começava a rezar para conseguir dormir. Ainda não conseguia falar com ninguém, achava que eu tinha feito algo errado ou era muito ruim, e ficava com medo que as pessoas me repreendessem.
Aos 43 anos quando comecei a trabalhar atendendo às pessoas meu corpo se estabilizou, até senti um acalanto.
Hoje olho para tudo que vivi e aproveito para compreender esta sensitividade nas pessoas que atendo e a possibilidade de acessar este poder espiritual junto a elas, para que possam viver a consciência deste poder nas suas vidas e lidar com suas confusões diárias.
Esta sensitividade que se manifesta numa sensibilidade psico físico emocional, pode ser compreendida e alterada quando lembramos que estamos aqui num corpo, regidos por um cérebro e um coração, mas que somos a energia que permeia a matéria possibilitando a vida acontecendo na Terra.
Tudo isto, ligado com emoções capazes de gerar tantas dores, no corpo e na alma, por vezes fazendo- nos negar a própria existência.
Fomos levados à crer numa dualidade, entre céu e inferno, riqueza e pobreza, preto e branco, luz e sombra, deus e demônio, vida e morte ... e uma luta é travada, infinitamente.
Sair deste mundo dual, só é possível quando passamos a nos sentir, fazendo contato com nosso corpo, nosso espírito, nossa alma, ocupando este lugar no nosso interior, vivendo consciência.
Lembrar deste espírito encarnado em mim, como uma personagem, ligada a uma fagulha de Deus no nosso coração.
Eu estou Pedra Rosa, que um dia termina sua história, mas o “Eu Sou”permanece se identificando como uma presença, capaz de se sentir ainda aqui neste espaço Terra, uma Unidade com tudo e todos, com um propósito de vida, expressado pela ação do amor.