sexta-feira, 6 de julho de 2012

A LINGUAGEM DA LUZ NO PROCESSO TERAPÊUTICO

Quando permanecemos muito tempo com a mesma luminosidade, nossos olhos se adaptam aquela quantidade de luz, passando o comando para todo o corpo de sua adequação. As ações e reações passam a acontecer relativamente.
O estabelecimento de novo contato exige um certo tempo para readaptação. A vivência deste processo desde o nascimento, porém, nos faz crer que aquela quantidade de luz recebida é o máximo da capacidade humana.
Culturalmente e ideologicamente toda a população é condicionada a acreditar "ser assim". Quem vê além, é diferenciado e enquadrado dentro dos parâmetros existentes da paranormalidade ou super dotação.
Desde criança fiz contatos com estas pessoas, numa pequena comunidade rural e esta rotulação me provocava medo. Este medo causou sérios bloqueios em minha vida, impedindo-me a visualização de novos processos de vida. Hoje, ao relacionar-me com as pessoas, verifico a importância destes conceitos em suas vidas sem, contudo, ser possível interferir nas experiências do momento, pois entendo que é necessário este período de readaptação. (Relato de experiência da autora).
Esta luz, no entanto, é confundida e visualizada fenomenologicamente, enquanto sua classificação é o centro dos mais diferentes tipos de pesquisas científicas.

Bárbara Ann Brennan (1987: 54), em seu livro ''Mãos de Luz", escreve: "em todo o discurso da história, a ideia de uma energia universal que impregna toda a natureza foi defendida por muitas mentes científicas ocidentais. Essa energia vital, percebida como um corpo luminoso foi registrada, pela primeira vez na literatura ocidental pelos pitagóricos, por volta de 500 a.C. Sustentavam eles que a luz produzia uma série de efeitos no organismo humano, incluindo a cura de doenças".
Richard Gordon (1978: 20), no livro "A Cura pelas Mãos", afirma: "a força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética. É a corrente animadora da vida e uma realidade fisiológica no corpo...”.
“Através dos séculos, a força vital tem sido rotulada com diferentes nomes por muitos povos. Cristo a chamou de "luz", os russos em suas pesquisas psíquicas, chamaram-na energia "bioplasmática"; Wilhelm Reich referiu-se a ela como "energia orgone", os iogues da Índia Oriental chamam-na de "pran" ou "prana". Para os Kaunas, ela é "mana"; Paracelso chamou-a de "munia". O termo comum chinês é "chi ou ki", manuscritos alquimistas falam de "fluido vital", Eaman descreveu-a como "força X"; Bruner chamou-a energia "biocósmica"; Hipócrates chamou-a ''Vis medicatrix naturae" (força vital da natureza)”.
Ela também tem outros nomes, como bioenergia, energia cósmica, força vital, éter do espaço, etc. E estou certa que há inúmeros outros. Para simplificar, referir-nos-emos a ela como força vital, ou simplesmente "a energia". A força desta energia atua sobre o homem através do corpo, como se utilizasse um sistema circulatório invisível, gerando uma carga vibratória cuja interpretação lhe garante a comunicação interna, para acessar a mesma força vibratória que está ao seu redor. O conhecimento sobre o funcionamento orgânico e energético do corpo permite ao ser humano, atuar sobre sua própria força vital na autogestão da vida. O condicionamento de nossa mente de que o funcionamento harmônico depende das influências externas, nos isentam "comodamente" que não depende de nós a condução universal.
Escondemo-nos atrás da dor, da linguagem oral, dos mais diversos mecanismos, com medo do nosso silêncio, e assim ocultamos nossa essência, em busca de quimeras, como se esta estivesse num campo coberto de flores, num céu cheio de estrelas, no coração apaixonado do sexo oposto, em raios coloridos brotando do coração amigo, sem perceber que todas estas imagens e sentidos, estão codificados na essência do nosso ser.

- O que vejo é o mesmo que o outro vê?
- Quando um descreve outro não cria?
- Quem garante a realidade?

Criamos nossas próprias fantasias e nossas próprias realidades.
Dr. Deepak Chopra (1989: 129--131), afirma: "Toda nossa fisiologia pode se transformar tão rapidamente quanto um neuropeptídio, que é parte do corpo mecânico quântico".
Porque podemos mudar, como o mercúrio, a qualidade fluida da vida é natural em nós. O corpo material é um rio de átomos; a mente, um rio de pensamentos; e o que os mantém unidos é um rio de inteligência. A beleza de uma imagem tão simples reside no fato de que a inteligência é simples; as complicações surgem quando alguém procura detalhar toda a maquinaria incrivelmente complexa do sistema mente-corpo.
A mente tem a propriedade de manter todas as nossas ideias armazenadas, digamos, em um reservatório silencioso, onde são organizadas com exatidão em conceitos e categorias. Sem definirmos o processo como pensamento; talvez vejamos a natureza pensar em muitos canais diferentes, dos quais nossas mentes estão entre os mais privilegiados; ela pode criar sua realidade quântica e ao mesmo tempo experimentá-la.

Um evento quântico no campo das ondas de luz pode ser muito objetivo, mas e se a realidade quântica estiver presente apenas no campo de nossos pensamentos, e emoções ou desejos? Quando a pessoa está convencida da sintomatologia vivenciada no dia-a-dia, continua presa á sua própria realidade, onde "estar doente", "não ter prosperidade", ser infeliz, estar em constante culpa etc. é a entrada de dados que predomina.
Estes estados de ser constituem, para si, sua própria verdade. A pessoa cria seus próprios cenários, se convence deles, de tal forma, que esta crença se estende até suas próprias células. Assume assim, o seu próprio drama. "Pensar é formar dentro de nós padrões tão complexos, rápidos e de uma riqueza tão variada quanto a própria realidade". (Deepak Chopra, op. cit.: 131).
No trabalho realizado, quando fecho meus olhos para visualizar que tipos de informações são possíveis ler no corpo da pessoa atendida, vão se formando ondas de luz com frequências coloridas, símbolos, contornos, imagens e sensações, que me permitem intuir a história que sua consciência armazenou em suas células e seus registros vão sendo decodificados.
À medida que os bloqueios energéticos vão sendo desobstruídos, a luz vai se abrindo de forma instantânea e as sensações do corpo vão se alterando, desaparecendo os sintomas relacionados.
É interessante observar as mudanças das cores em menos de um milésimo de segundo, alterando-se por vezes num simples toque da mão ou da mente. Em dadas situações, na conexão com a luz, me surpreendo fazendo contato com as cores e na rapidez de sua mudança, quando a pessoa involuntariamente altera o seu pensamento momentâneo.
Estávamos terminando uma sessão, quando Marta vibrava com as cores azuis e verdes, misturando-se com nuances de dourado, e eu me encantava, ao visualizar o maravilhoso quadro. De repente, tudo ficou escuro, como num apagar das luzes.
Quis entender a causa e perguntei a ela se havia mudado seu pensamento, sendo que respondeu afirmativamente. Indaguei sobre o tema pensado, quando respondeu: "meu sobrinho, quero muito ajudá-lo, mas não consigo". O desejo manifesto trouxe imediatamente o pedido de ajuda, traduzido através das cores.
Num dos momentos em que escrevia este trabalho, tive uma sensação no meu corpo, através da audição, me permitindo escutar e escrever o que segue:
Luz é informação. No escuro não há informação. Magia é fazer o escuro acender-se em múltiplas cores, despedaçando-se em pequenos fragmentos luminosos, que se espalham em outras áreas também escuras.
Cura é magia. Curar é acender luzes na escuridão. Quando se entra em contato com a luz, nem sempre o corpo está apto para tal, por isso sofre uma série de sintomas denominados como desarmonia, doença, desequilíbrio e outros rótulos mais que os homens adoram usar.
A sintonização dos canais luminosos está nas mais diversas partes do ser humano, no corpo físico, onde recebe todo o impacto dos demais corpos, mas que ainda não conseguiram ajustar.
No momento em que tal fato é permitido, começa a espalharem-se fragmentos de luz, transformando a dor em bem-estar, mudando todo o padrão dos demais corpos que interferirão diretamente na complexa maquinaria humana. Um ponto está ligado diretamente a outro, eletronicamente interligado. Basta ligar a tomada. Somos um complexo todo luminoso, um feixe de luz único, recebendo todas as informações de uma vasta rede.
Por que? Por que, não aceitam fazer parte deste todo. Negando, interrompem o canal energético, prejudicando uma grande parte da rede e comprometem o todo.
A luz possui uma linguagem própria, associada ao som, comandada pelo pensamento.
Quando o homem busca fora de si a responsabilidade para seus infortúnios perde a oportunidade de acionar o seu próprio canal e encontrar as suas próprias respostas. Tocando no seu corpo e mente ele vai encontrando e abrindo sua rede para acessar suas informações.

Alguns passos são importantes.

Tomar conhecimento do funcionamento dos seus corpos e de sua conexão universal .
• Permitir que seus canais de comunicação sejam abertos, descongestionando os entulhos gerados através de registros anteriores, sentimentos, emoções, formas pensamentos e pensamento .
• Manter-se permanentemente conectado ao Universo. Para tanto, basta deixar a mente ocupada com bons pensamentos ou em oração .
• Observar seu pensamento, sem luta, lembrando que é só sua mente e ampliar sua percepção escutando os ruídos externos .

Estar atento às reações orgânicas, pois estas funcionam como sinais, que nos chamam a atenção para a necessidade de observar nosso campo informacional, emoções ou captações energéticas absorvidas do campo vibracional associadas a pensamentos, memórias dos mundos inconscientes, ambientes, contato com outras pessoas, eletromagnetismo, etc...
Se você amar mais e mais, permitindo sua ampliação e integração ao Amor Universal, sentirá sua inclusão no Campo Energético Universal (CEU), sentindo-se assim parte dele, deixando apenas fluir. Assim a vida se transformará num conjunto de ações e reações, regidas pelo eletromagnetismo do planeta. Poderá sentir-se nele e feliz por estar diretamente contribuindo positivamente na sua conservação e elevação de sua consciência cósmica.
Toda a natureza vibra conosco e através de nós. Mas aprendemos a responsabilizar Deus pelas desgraças de nossa vida, nem sempre, porém, agradecemos pelas graças recebidas. Se a natureza vibra através de nós, como podemos atribuir a ela a nossa infelicidade?
Todos estes conceitos, preceitos a maioria de nós já conhece, mas a grande pergunta é: O que fazer para atingir a mágica de viver em harmonia? Lembramos geralmente de um fato, ou momento em nossa vida, que nos sentimos como gostaríamos de ser eternamente. Geralmente, sentimos nostalgia, ao suscitar a lembrança. Ou então, sentimos saudade, mas não sabemos de que.
Às vezes quando, escutamos que tudo depende de nós, sentimo-nos extremamente incompetentes, culpando-nos dos insucessos diários, Como os únicos responsáveis por tudo que nos acontece.
Entretanto, é importante ressaltar que na mesma rede de luz que permeia o Universo, também existem os pontos escuros, que contrastam com a luz, dando-lhe formas e realçando cores. No entanto, até entendermos o sentido dos opostos, sofremos sua interferência na sintomatologia psico-físico-emocional. No trabalho terapêutico de defesa energética, tenho constatado o seguinte caminho da luz.
Inicio o trabalho com a leitura do corpo, ou seja, de olhos fechados vou visualizando as cores e as formas, ligadas a temperatura e sensações. Outro objeto de leitura é o pêndulo, o qual me proporciona informações sobre os chacras e de acordo com os seus movimentos concluo o estado geral da pessoa.
As cores mais comuns ao iniciar o processo são: preto, verde amarelado, verde água quase azul, vermelho. À medida que se entra em contato, dependendo da densidade energética ou gravidade da questão em tratamento, as cores vão se alterando, para laranja, amarelo, verde, misturando-se até que seja totalmente tomada pelo violeta.
Após esta cor, geralmente aparece o azul brilhante misturado com verde forte, dando-me a certeza da conclusão daquela etapa de trabalho.
Interessante que as formas e as cores visualizadas são quase sempre também acompanhadas pela pessoa em atendimento. Vale lembrar que as formas apresentam-se em sentido figurativo, acompanhada, porém, da informação intuitiva.
Fico pensando quantas pessoas vejam cores, rotineiramente, sendo que desconhecendo sua linguagem e incapazes de ouvir sua voz interior, deixam de se comunicar com o Universo, perdendo assim a possibilidade de alterar sua própria realidade e viverem de uma maneira mais harmoniosa e sadia.

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